sábado, 18 de outubro de 2014

Pra que o outono?

Por causa da mudança de temperatura por aqui, aconteceu de eu ficar meio doentinha - nada grave, só congestionamento, tosse, enfim, coisas que estão me exigindo um pouco mais de repouso (e chá!) nos últimos dias.

Há duas semanas, no dia em que o frio mais intenso começou

Para me certificar de que não era nada grave, decidi ir no serviço de saúde que a universidade oferece. A médica que me examinou disse que eu não precisava de medicamento, pois meu corpo estava fazendo um ótimo trabalho. Caberia a mim fazer a minha parte, isto é, repousar e beber muito líquido, que naturalmente com o tempo eu ficaria melhor. Mas ela disse algo que me chamou muito a atenção: a melhor coisa a se fazer é ouvir o próprio corpo.

Voltei para casa me sentindo reconfortada (adoro médicos, são pessoas que me passam tanta confiança!) e também bastante pensativa. A natureza, na qual eu também estou inserida, funciona de forma tão perfeita - eu é que preciso aprender a fazer a minha parte direito!

Comecei a olhar ao meu redor. Agora estamos no outono, a estação em que as folhas mudam de cor e caem. Me perguntei por que isso acontece e fui pesquisar. O pessoal da biologia pode explicar bem melhor, mais vou tentar: pelo que entendi, com o afastamento do sol a clorofila (que tem o pigmento verde) diminui e as cores das outras substâncias aparecem mais nas folhas. E um ácido também se cria para que elas se soltem. É que com o frio a árvore precisa se preservar, poupar as energias ao máximo; a presença das folhas não compensa, pois sem o sol elas não podem mais produzir energia e, ao invés disso, sobrecarregam a planta. Preparando-se para a estação mais fria, o inverno, elas se desprendem daquilo que não servirá mais e protegem sua parte mais importante.

Esse lindo processo da vida da árvore permite que ocorram ciclos de renovação e possibilita que ela viva harmoniosamente no ambiente que habita. Que belo exemplo! Ela se adapta às exigências das mudanças, desprende-se do que não deve mais fazer parte de si, prova sua capacidade de resistência, trabalha para o surgimento de novas folhas, enfim… abre-se para as transformações! :)

Há tanto conhecimento que devo descobrir por detrás de tudo o que existe! Se, como a árvore, eu também souber me adaptar às diversas circunstâncias que surgem, me situando dentro da realidade, quantas flores e frutos irão brotar, deixando a árvore de minha vida sempre coerente, bela e produtiva em qualquer estação!

Algumas fotos no Botanical Gardens, na Universidade:

Com Carol, Maitê e Usuf

 
 
 

 

Curtam a primavera no Brasil! ;)
Com saudades de todos!
Beijos!
Bruninha

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